O que veio primeiro, as asas do morcego ou o sonar do morcego? Esse dilema no estilo "o ovo e a galinha" pode ter sido resolvido por um fóssil que é a mais primitiva versão dos mamíferos voadores. A espécie de 52 milhões de anos (1), descoberta nos Estados Unidos, mostra que os morcegos (2) primeiro dominaram o ar para só depois desenvolver sua incrível capacidade de 'enxergar' no escuro usando ecos, tal como faz o sonar desenvolvido pelos humanos.
O bicho em questão recebeu o nome científico de Onychonycteris finneyi e vem das rochas do estado americano do Wyoming. Outros morcegos da mesma idade já tinham sido descobertos por lá (3), mas nenhum mostrara características tão primitivas quanto o novo fóssil, o que faz dele um excelente candidato para representar os primeiros animais do grupo.
É o que argumenta a equipe capitaneada pela paleontóloga Nancy Simmons, do Museu Americano de História Natural. Simmons e seus colegas apresentam a descrição da velha nova espécie na edição desta semana da revista científica britânica "Nature" (4). Os pesquisadores só não tiveram a sorte de achar um morcego que estivesse fazendo a transição para os hábitos voadores (5). Mas, de resto, o Onychonycteris finneyi apresenta uma série de características de um morcego ainda "no meio do caminho" entre seus primos atuais e os demais mamíferos.
Para começar, todos os dedos que formavam as asas da criatura têm unhas, coisa que não se vê em nenhum morcego moderno. As proporções das patas de trás e da frente também se parecem mais com a de mamíferos escaladores de árvores, como macacos e preguiças, o que indica que o bicho ainda era capaz de se mover "a pé" pelos galhos com certa desenvoltura (6).
Mais importante, no entanto, é o fato de que o Onychonycteris finneyi não estava bem equipado nem para emitir nem para ouvir os "cliques" que os morcegos usam como sonar quando estão caçando no escuro. Nem todas as espécies modernas de morcegos fazem isso (7) , mas muitas emitem sons especialmente projetados para "bater" nos objetos externos e voltar para os ouvidos delas como ecos. Calculando a demora dos sons para voltar, os morcegos formam uma espécie de imagem acústica do ambiente escuro, o que os ajuda a capturar insetos e desviar de árvores, por exemplo.
A nova espécie fóssil, no entanto, não fazia nada disso. Isso quer dizer que ela era diurna, e não noturna? (8) Não exatamente. Alguns morcegos atuais são ativos à noite mas, em vez do sonar, possuem olhos grandalhões, como os das corujas. Esse mistério, no entanto, deve permanecer não-resolvido por enquanto, já que a nova espécie teve as regiões das órbitas oculares esmagadas durante a fossilização (9). Não dá, portanto, para saber se tinha olhos maiores que o normal ou não. [G1]
Comentário: (10)- Eu sei que não existe a referencia 10, então resolvi começar por ela...???? Se você acha que não posso fazer isso porque quebra toda a ciência matemática... Vc nao imagina o que andam fazendo com o nome de Ciência... é muito engraçado, e tem gente que acredita! Mas pra nao ficar sem comentário, olha a fisionomia do bichinho, parece que ele (ela?) está dizendo: _"Por favor, deixem-me aqui..."
(1) - Um fóssil nesse estado (mineralizado) não apresenta material genético ou Carbono 14, o que impede a datação do animal utilizando estruturas de seu próprio corpo, então o que os "caras" fazem é pegar o mineral em volta do bicho e estipular a idade impressionante de 52 milhões de anos... sem falar que desconsidera-se qualquer variação nas condições do planeta da época.
(2) - Porque tinha que ser um morcego ou parente do coitado? Seria muito dificil imaginar uma espécie diferente?
(3) - Se a "evolução" ocorre pelo processo de "seleção natural" ao passo de milhões de anos, porque encontraram o "bisavô" com o "bisneto" no mesmo período cronológico?
(4) - Ahhhhh tah!!! Agora sim eu acredito! É uma revista CIENTÍFICA. Interessante que nao pediram a opinião de outras teorias para dar nome ao coitado... Afinal, ciência é ciência né!? E Darwin já disse como funciona...
(5) - É... Dessa vez não tiveram a sorte... Mas... Espera um pouco... Segundo Darwin, deveria existir milhões de espécimes de transição. Até agora acharam uma dúzia de origem duvidosa.
(6) - Esse fóssil é realmente incrível, vêm até com manual de instruções! Onde será que aperta pra ver qual o barulho ele fazia?
(7) - Pensei que deveriam ser todos evoluidos, mas pelo menos assim o 'bichinho" não se sente tão deprimido...
(8) - Até que usaram o bom senso por um instante, fizeram uma pergunta "(?)", "to gostanu d vê!"
(9) - Isso me lembra algo, acho que é "Dilúvio" o nome do catastrofismo global que enterrou de forma rápida esses animais, aliás, para que haja fóssil é indispenssável o soterramento repentino. [RAB]
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