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domingo, 11 de abril de 2010

Mais um candidado a ancestral do ser humano

Um cientista da universidade de Witwatersrand, na África do Sul, anunciou ter descoberto fósseis de duas criaturas hominídeas com mais de dois milhões de anos [sic], que poderiam ser o elo entre espécies mais antigas e as mais modernas, conhecidas como homo, entre as quais está a de pessoas atuais. Lee Berger afirmou à BBC que a descoberta, nas cavernas de Malapa, perto de Joanesburgo, foi feita por acaso em 2008, quando ele e o filho de 9 anos passeavam no local, identificado como um potencial sítio arqueológico graças a uma aplicativo do Patrimônio Histórico Mundial acoplado ao programa Google Earth.

A descoberta do Australopithecus sediba foi publicada na última edição da revista científica Science, e os cientistas que assinam o artigo dizem que os esqueletos preenchem uma brecha importante no desenvolvimento das espécies hominídeas. "Eles estão no ponto em que acontece a transição de um primata que anda sobre duas pernas para, efetivamente, nós", disse Berger.

"Acho que provavelmente todos estão conscientes de que este período, entre 1,8 milhão a 2 milhões de anos atrás, é um dos mais mal representados em toda a história fóssil dos hominídeos. Estamos falando de um registro muito pequeno, um fragmento."

Muitos cientistas veem os australopitecos como ancestrais diretos do Homo, mas a localização exata do A. sediba na árvore genealógica humana vem causando polêmica. Alguns acreditam que os fósseis podem ter sido da espécie Homo.

O que se sabe é que as criaturas de Malapa viveram às vésperas do domínio da espécie Homo. Inclusive, alguns esqueletos encontrados na África Oriental que se atribuem a espécies de Homo seriam até um pouco mais antigos que as novas descobertas.

Mas o A. sediba apresenta uma mistura de detalhes e características como dentes pequenos, nariz proeminente, pélvis muito avançada e pernas longas semelhantes às que temos atualmente.

No entanto, a espécie tinha braços muito longos e um crânio pequeno que lembra o da espécie australopitecus, muito mais antiga, à qual Berger e seus colegas associaram a descoberta.

Os ossos foram encontrados a cerca de um metro uns dos outros, o que indicaria que eles morreram na mesma época ou pouco tempo depois do outro.

Os especialistas dizem que os fósseis podem até ser de mãe e filho e que é razoável presumir que pertenciam ao mesmo bando.

Não se sabe se eles moravam no complexo de cavernas em Malapa ou se acabaram presos por ali, depois que ter sido arrastados para um lago ou piscina subterrâneos, talvez durante uma tempestade.

Os ossos dos dois espécimes foram depositados perto de outros animais mortos, entre eles um tigre dente-de-sabre, um antílope, ratos e coelhos. O fato de nenhum dos corpos ter sinais de ter sido comido por outros animais indica que morreram e foram sepultados repentinamente. [Curioso...]

"Achamos que deve ter havido algum tipo de calamidade na época que tenha reunido todos esses fósseis na caverna, onde ficaram presos e, finalmente, sepultados", afirmou o professor Paul Dirks, da universidade James Cook, na Austrália.

Todos os ossos ficaram preservados em sedimentos clásticos calcificados que se formam no fundo de poças d'água.

(BBC Brasil)

Nota: Histórias frustrantes recentes como a do Ardipithecus ramidus e do Darwinius masillae deveriam ter ensinado os pesquisadores a ter maior prudência antes de sair divulgando achados como sendo "elos perdidos". Esse poderá ser um novo caso de elo perdido perdido.[MB]

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terça-feira, 23 de março de 2010

"Ancestrais" humanos caminhavam como... humanos

Há três milhões de anos [segundo a cronologia evolucionista], os ancestrais dos seres humanos ainda passavam grande parte de suas vidas nas árvores. Mas, de acordo com um novo estudo, é possível que naquela época eles já caminhassem como bípedes. Segundo pesquisa coordenada por David Raichlen, professor da Faculdade de Antropologia da Universidade do Arizona (Estados Unidos), novas evidências experimentais indicam que hominídeos primitivos, há 3,6 milhões de anos [idem], caminhavam com postura ereta e marcha a passos largos, de forma semelhante à dos humanos modernos.

A pesquisa, realizada com participação de cientistas do Lehman College, de Nova York, teve seus resultados publicados na edição desta segunda-feira (22/3) da PLoS One, revista da Public Library of Science (PLoS).

Há mais de 30 anos, havia sido descoberto em Laetoli, na Tanzânia, um rastro de pegadas fósseis depositadas há 3,6 milhões de anos [idem] e preservadas em cinzas vulcânicas. A importância dessas pegadas para a evolução humana tem sido intensamente debatida desde então.

As pegadas, que mostravam clara evidência de bipedalismo – a habilidade para caminhar na posição vertical –, haviam sido produzidas, provavelmente, por indivíduos da única espécie bípede que vivia naquela área na época: os Australopithecus afarensis. Essa espécie inclui Lucy, um dos fósseis de hominídeos mais antigos encontrados até hoje e cujo esqueleto é o mais completo já conhecido.

Uma série de características dos quadris, pernas e costas desse grupo indica que os indivíduos teriam caminhado em duas pernas quando se encontravam no chão. Mas os dedos e artelhos curvados, assim como a posição das omoplatas, voltadas para cima, fornecem evidências sólidas de que Lucy e outros membros de sua espécie também deviam passar tempo considerável escalando árvores.

Essa morfologia é claramente distinta do gênero Homo, ao qual pertencem os humanos, que abandonou a vida arbórea há cerca de dois milhões de anos [sic] e, a partir daí, passou a ser irreversivelmente bípede.

Desde a descoberta das pegadas de Laetoli, cientistas vêm debatendo se os rastros indicam um modo de bipedalismo de passos largos, semelhante ao dos humanos modernos. Ou se indicam um tipo menos eficiente de bipedalismo, com um andar agachado, mais característicos dos chimpanzés, cujos joelhos e quadris permanecem dobrados quando eles caminham em duas pernas.

Raichlen e sua equipe planejaram o primeiro experimento biomecânico expressamente concebido para abordar a questão. No Laboratório de Captação de Movimentos da Universidade do Arizona, os cientistas construíram um rastro de areia sobre o qual filmaram indivíduos humanos caminhando.

Os voluntários caminharam normalmente, com a marcha humana ereta e, em seguida, caminharam imitando a marcha agachada dos chimpanzés. Modelos tridimensionais das pegadas foram coletados pelo antropólogo biológico Adam Gordon utilizando equipamentos de seu Laboratório de Morfologia Evolucionária dos Primatas na Universidade do Arizona.

Os cientistas examinaram a profundidade relativa das pegadas no calcanhar e nos dedos e descobriram que as profundidades são semelhantes quando feitas por uma pessoa andando com postura ereta.

Em contrapartida, as marcas deixadas pelos dedos eram muito mais profundas que as dos calcanhares quando as pegadas eram produzidas com a caminhada na postura agachada – resultado do ritmo de transferência do peso ao longo do comprimento do pé.

“Com base em análises prévias de esqueletos de Australopithecus afarensis, esperávamos que as pegadas de Laetoli fossem parecidas com as deixadas por alguém andando com joelhos e quadris dobrados, como fazem os chimpanzés. Mas, para nossa surpresa, as pegadas de Laetoli coincidem completamente com o alinhamento das pegadas deixadas pela marcha típica dos humanos modernos”, disse Raichlen.

As pegadas fósseis de Laetoli preservam uma profundidade notavelmente homogênea entre o calcanhar e os dedos, como a dos humanos modernos, segundo o estudo. “Essa forma de andar semelhante à humana é de uma eficiência energética incrível, sugerindo que a redução dos custos energéticos foram muito importantes para a evolução do bipedalismo antes da origem do próprio gênero Homo”, disse o cientista.

Se as pegadas de Laetoli foram feitas pela espécie de Lucy, como a maior parte dos cientistas acredita, esses resultados experimentais têm importantes implicações para a cronologia dos eventos evolucionários.

“O que é mais fascinante sobre o estudo é que ele sugere que, na época em que nossos ancestrais tinham uma anatomia bem preparada para passar a maior parte do tempo nas árvores, eles já haviam desenvolvido um modo de bipedalismo altamente eficiente”, disse Gordon.

“Os registros fósseis indicam que nossos ancestrais, por pelo menos um milhão de anos [idem] a partir das pegadas de Laetoli, não aderiram integralmente à passagem das árvores para a caminhada no chão. O fato de que animais que viviam parcialmente nas árvores, como Lucy, tinham um estilo de marcha de passos largos tão moderno caracteriza um importante testemunho da importância da eficiência energética na passagem para o bipedalismo”, afirmou.

(Agência Fapesp)

Nota: Quando os cientistas separarem as coisas, tudo ficará mais claro: (1) macacos viviam em árvores; (2) seres humanos, no chão. Quando encontram uma evidência que contraria a associação forçada entre humanos e macacos, tentam hibridizar as conclusões: “Ah, sim, nossos ancestrais viviam nas árvores, mas também caminhavam exatamente do mesmo modo que nós fazemos.” Assim fica difícil... Qualquer evidência acaba conveniente e habilmente sendo encaixada no modelo previamente adotado. Desse modo, o modelo nunca será falseado, pois ele vem sendo insistentemente salvo das evidências.[MB - Criacionismo.com.br]

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segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Paleontologia confirma existência de “divergências” evolutivas nos dinossauros

Ossos mostram divergência inicial entre linhagens de dinossauros

do New York Times

A evolução inicial dos dinossauros, no final do período Triássico, é no mínimo confusa. Paleontólogos sabem que os primeiros dinossauros apareceram há 230 milhões de anos, mas evidencias fósseis são tão pontuais que não se sabe onde, ou quando, as grandes linhagens --terópodes, saurópodes e ornitísqueos-- começaram a divergir.

Alguns excelentes fósseis de 215 milhões de anos, desenterrados em Ghost Ranch, ao norte do Novo México, estão ajudando a esclarecer as coisas. Os ossos, de um terópode chamado de Tawa hallae por seus descobridores, apoiam a ideia de que as linhagens divergiram bem no começo, na parte do super (continente Pangeia) que hoje é chamada de América do Sul.

"O que o tawa faz é ajudar a criar significado aos relacionamentos da dinosauria", disse Sterling J. Nesbitt, pesquisador da Universidade do Texas e principal autor de um artigo na Science descrevendo a descoberta. Nesbitt trabalhou nos fósseis quando estava no Museu Americano de História Natural e na Universidade Columbia.

Assim como terópodes mais recentes, o tawa andava sobre duas pernas e possuía dentes afiados para despedaçar sua comida: outros animais. O espécime mais completo, bastante jovem, tinha aproximadamente dois metros de comprimento.

mapa_novo_mexico Figura 1 – Mapa dos Estado do Novo México, EUA.


O tawa compartilha algumas características com um antigo dinossauro da América do Sul, o herrerassauro, o que representou uma fonte de confusão para os paleontólogos. O tawa, na verdade, mostra que o herrerassauro era um terópode. Como ele foi encontrado próximo de alguns antigos saurópodes e ornitísqueos, a nova descoberta sugere fortemente que as três linhagens principais divergiram bem no início.

A jazida de fósseis do Novo México incluía diversos outros terópodes, que os cientistas consideraram como sendo de parentesco mais próximo aos terópodes sul-americanos do que uns com os outros. Isso sugere que os terópodes divergiram e se irradiaram da América do Sul. Se os terópodes tinham esse padrão de dispersão, segundo as descobertas sugerem, isso provavelmente também ocorreu com as outras linhagens.

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NOTA:

O termo “divergência” do texto da Folha OnLine e do meu post é aplicado de forma distinta, o primeiro se refere a diferenciação enquanto o segundo se aplica as lacunas evolutivas que o próprio texto cita:

Paleontólogos sabem que os primeiros dinossauros apareceram há 230 milhões de anos, mas evidências fósseis são tão pontuais que não se sabe onde, nem quando, as grandes linhagens – terópodes, saurópodes e ornitísqueos – começaram a divergir.” [grifo nosso]

No texto citado acima percebe-se que o autor utiliza da riqueza ortográfica da lingua portuguesa para amenizar a fraqueza da teoria da evolução, explicando a falta de evidências que as linhagens mais conhecidas de dinossauros tenham descendência de um “ancestral comum”. Veja abaixo mais sobre cada uma desta linhagem:

THEROPODA

Trata-se do grupo de dinossauros onde se encontram os bípedes, em sua maioria são carnívoros, mas com alguns herbívoros no Cretáceo. Atualmente, o consenso que se tem é que as aves de hoje descenderam deste grupo [1], de acordo com a Coluna Geológica, este grupo viveu nas nos Períodos Triássico, Jurássico e Cretáceo [2][3].

terópodes Figura 2 – Imagem ilustrativa comparando o tamanho dos principais Theropodas com o ser humano.


SAUROPODA

Maior grupo de dinossauros que já pisou na Terra. Podem ser identificados facilmente devido sua longa cauda característica e o seu pescoço comprido. Todas as espécies eram herbívoros e viveram nos mesmos períodos que os Theropodas [2][4].

Sauropodas Figura 3 – Algumas espécies do grupo Sauropoda e suas características em comum.


ORNITHISCHIA

Constituem uma ordem taxonômica de dinossauros herbívoros, e tem como característica o focinho em formas de bico e a pelvis semelhante a das aves, podendo ser tanto bípedes, quanto quadrúpedes, embora estes últimos sejam a maioria do grupo [5].

Ornithischia Figura 4 – Espécies de dinossauros do grupo Ornithischia.


COLUNA GEOLÓGICA

Coluna Geológica
Esta é a coluna geológica aceita como a que demonstra mais fielmente, segundo a comunidade científica, o quadro evolutivo das espécies seguindo milhões e milhões de anos. Todavia, por se tratar de uma Teoria, pois carece de evidências maiores, pode ser debatida por outra teoria. E a Teoria da Criação tem proposto uma coluna geológica para a criação do mundo em menos tempo, cerca de 6.000 a 10.000 mil anos e existem evidências que colaboram para este pensamento [6][7].

Mas este é assunto para um próximo artigo. O que pretendo com tal discussão é mais uma vez enfatizar que em ciência não existe verdade absoluta e por isso, o que é aceito mundialmente pela comunidade científica hoje, pode nem sempre ser, realmente, a verdade, na história da humanidade temos diversos exemplos.

Até quando, ó simples, amareis a simplicidade? E vós escarnecedores, desejareis o escárnio? E vós insensatos, odiareis o conhecimento?”
(Provérbios 1:22)

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REFERÊNCIAS UTILIZADAS

[1] – Para mais informações sobre a descendência das aves para os dinossauros, clique aqui.
[2] – GANDRA, C. Grupo de dinossauros. 2009. Disponível em: <http://www.mundodosanimais.com/portal/animais-do-passado/artigos/728-grupos-de-dinossauros.html> Acesso em 11 jan. 2010.
[3] – Terópoda. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Ter%C3%B3poda> Acesso em 11 jan. 2010.
[4] – Sauropoda. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Sauropoda> Acesso em 11 jan. 2010.
[5] – Ornithischia. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Ornithischia> Acesso em 11 jan. 2010.
[6] – Idade da Terra. Disponível em: <http://www.scb.org.br/pergresp/idadeterra.htm> Acesso em 11. jan. 2010.
[7] – ROTH, A.A. A questão do grande tempo geológico e a evidência científica de uma criação recente. Disponível em: <http://www.scb.org.br/palestras/AROTH.htm> Acesso em 11 jan. 2010.

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quarta-feira, 20 de maio de 2009

Elo "achado" no Google..


Comentário: "Dizem que se pode achar tudo no Google. A verdade é que o Google pode te fazer achar tudo o que quiser, e bem rápido!" [RAB]

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terça-feira, 19 de maio de 2009

Acharam mais um... (47 mi... só coisa velha)

Cientistas revelam fóssil que pode ser de ancestral do homem

Cientistas revelaram em Nova York nesta terça-feira o fóssil de uma criatura de 47 milhões de anos que pode ser um elo perdido na evolução dos primatas superiores - entre eles, os seres humanos.

O fóssil, batizado de Ida, está em estado tão bom de conservação que é possível ver sua pele e traços de sua última refeição.

Os restos do animal, que se assemelha a um lêmure (tipo de animal parecido com um macaco que vive na ilha africana de Madagascar) foram apresentados no Museu Americano de História Natural pelo prefeito de Nova York, Michael Bloomberg.

Eles foram descobertos na década de 1980 na Alemanha e pertenciam a uma coleção particular.

Importância e críticas

A pesquisa sobre sua importância foi liderada pelo cientista Jorn Hurum, do Museu de História Natural de Oslo, Noruega.

Hurum diz que ida representa "a coisa mais próxima que temos de um ancestral" e descreveu a descoberta como "um sonho que se tornou realidade".

Mas parte da comunidade científica se mostra cética em relação à descoberta.

Um dos principais editores da revista Nature, Henry Gee, disse que o termo "elo perdido" pode induzir ao erro e que o fóssil não deve figurar entre as grandes descobertas recentes, como os dinossauros com penas.

Os cientistas que já examinaram o fóssil concluíram que este se trata de uma espécie nova, batizada Darwinius masillae.

Um dos pesquisadores que analisou Ida, Jenz Franzen, o fóssil tem traços que guardam "grande semelhança conosco", como unhas em vez de garras e o polegar em uma posição que permite agarrar coisas com a mão, como o homem e outros primatas.

Ainda assim, segundo ele, o fóssil não parece ser um ancestral direto do homem, mas sim estaria "mais para uma tia do que uma avó". [BBC]

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sexta-feira, 10 de abril de 2009

"Ovo de Darwin"

Ovo da coleção de Charles Darwin é redescoberto

Voluntária de museu britânico encontrou objeto coletado por naturalista a bordo do HMS Beagle.

Um ovo coletado pelo criador da teoria da evolução, Charles Darwin, durante sua viagem a bordo do navio HMS Beagle, foi redescoberto na Universidade de Cambridge, na Grã-Bretanha.

O pequeno ovo marrom escuro, com o nome de Darwin escrito, foi encontrado por uma voluntária aposentada no museu de zoologia da universidade
O ovo possuía uma grande rachadura, causada depois que o famoso naturalista colocou-o em uma caixa muito pequena para ele.

Também é o único ovo conhecido da coleção Beagle de Darwin. Até então acreditava-se que havia uma dúzia ou mais.

O ovo foi redescoberto em fevereiro pela voluntária Liz Wetton, que passa uma vez por semana catalogando a coleção do museu.

"Foi emocionante. Depois de trabalhar na coleção de ovos por 10 anos, foi um acontecimento extraordinário", disse ela.
Foi o gerente da coleção, Mathew Lowe, quem primeiro se deu conta da importância do ovo.

"Há tantos tesouros históricos na coleção que a Liz não percebeu que se tratava de uma nova descoberta", disse Lowe à BBC News.

"Redescobrir um ovo da coleção Beagle no aniversário de 200 anos do nascimento de Darwin já é especial. Mas ter a evidência de que o próprio Darwin o quebrou é uma notícia maravilhosa", afirmou.

Origem
O curador de ornitologia do museu, Mike Brooke, traçou a origem do ovo nas anotações de Alfred Newton, um amigo de Darwin e professor de zoologia no final do século 19.

"Um ovo, recebido de Frank Darwin, foi enviado a mim por seu pai (Charles Darwin), que disse o ter coletado em Maldonado, no Uruguai, e que pertencia a um tipo de Tinamídeo comum, natural da região", escreveu Newton.

"O grande homem colocou-o em uma caixa muito pequena, e por isso seu estado (rachado)."

Darwin mesmo se enganou ao achar primeiramente que o pássaro era uma perdiz. E em suas anotações de 1833, ele escreveu que a ave tinha um "canto alto e insistente" e que sua carne era "mais branca" depois de cozida.

O diretor do museu, o professor Michael Akam, disse que "este achado mostra o quão importante é o trabalho dos leais voluntários para o museu".

Comentário: "Essa galerinha não desperdiça uma oportunidade para colocar Darwin no foco da mídia. REdescoberto em fevereiro, porque falar dele agora? Não estão perdoando nem o clima pascoal... Já que o assunto é ovo, que seja de Darwin!!!"

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segunda-feira, 9 de março de 2009

Muçulmano coloca Vaticano em saia-justa

Durante o encontro sobre darwinismo promovido pelo Vaticano (e para o qual criacionistas não foram convidados), um muçulmano tomou a palavra e fez várias perguntas em público. Oktar Babuna não obteve respostas e foi convidado a deixar o plenário. Ironicamente, o Vaticano defende a teoria da evolução. Os muçulmanos são criacionistas.



Oktar Babuna: "Meu nome é Oktar Babuna. Sou um neurologista da Turquia. Eu represento Huran Yahya no país. Ele é autor de 300 livros incluindo o Atlas da Criação. Agora, falando sobre teorias científicas, vocês sabem como elas funcionam. Primeiro, você espalha os princípios de uma hipótese e, se for verificada por meio de observações e experimentos, então se torna uma teoria. Os oradores fazem algumas alegações, mas elas não foram confirmadas por evidências científicas. Por exemplo, se a evolução é um fato, sabe-se que Darwin sugeriu que deveria existir pequenas mudanças sucessivas entre as espécies. Deveríamos observar formas transicionais. Você entende, formas transicionais. Precisamos encontrá-las. Você pode nos mostrar alguma forma transicional? Animais monstruosos sem asas, por exemplo, depois criam apenas uma, um pedacinho de asa, que mostra órgãos incompletos."

Moderador: "Você está... fora de si. Sua pergunta não será respondida."

Oktar Babuna: "O Tiktaalik rosaea e o Archaeopteryx não são formas transiocionais, eles são espécies próprias. Animais extintos."

Moderador: "Tem algum jeito de desligar esse microfone? Você está desrespeitando as regras..."

Oktar Babuna: "Isto é uma discussão científica."

Moderador: "Você não é um orador."

Oktar Babuna: "Eu não sou um orador. Estou pedindo a eles que mostrem fósseis transicionais. A Explosão Cambriana..."

Oktar Babuna: "Isto é uma discussão científica..."

Por fim, arrancam-lhe o microfone e o expulsam do auditório.

Infelizmente, mais uma vez, a Igreja Católica se coloca do lado errado. Há três séculos, condenou o fundador do método científico, Galileu Galilei, por defender uma ideia científica factual. Agora ela defende irrestritamente o darwinismo como teoria plenamente comprovada, abrindo mão de princípios bíblicos claros para acomodar o evolucionismo à sua teologia liberal. Sorte do Oktar estar vivendo em outros tempos, senão seria fogueira na certa.
[www.criacionismo.com.br]

Comentário: "Onde colocaram a liberdade de expressão? Onde colocaram a educação? Ainda se dizem "mente aberta"... Acredito que o medo de ter que pensar em uma outra possibilidade é quase tão grande quanto a ignorãncia que sustentam com orgulho. Ignoram Deus. Adoram Darwin e o acaso..." (RAB)

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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

O ano de Darwin. O ano de ridicularizar quem pensa diferente.

Assista e tire suas conclusões sobre o tipo de jornalismo que é feito pela Globo...

Bom Dia Brasil
"Darwin 200 anos: a teoria da evolução contra a Bíblia"

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[Do G1, com informações do Bom Dia Brasil]

Criacionismo resiste às ideias de Darwin

Como os Estados Unidos ensinam a evolução das espécies? Bom Dia Brasil exibe série especial em parceria com a Globo News.

O repórter Marcos Uchôa viajou para os Estados Unidos e descobriu: em muitas escolas públicas protestantes, as aulas de ciência e religião ensinam a versão bíblica sobre o inicio da vida na Terra. [Quer dizer que nem nesses lugares se pode mais falar de criacionismo...]

Por essa visão, a criação como revelada nas escrituras prevalece. Charles Darwin e a teoria da evolução das espécies ficam em segundo plano. Então, como os criacionistas americanos explicam os avanços científicos, o DNA, a datação dos fósseis ou a evolução planetária? [De forma muito melhor que o evolucionismo explica, eu garanto. É uma pena que um jornalismo deste tipo seja feito, sem dar a devida oportunidade ao lado atacado]

Entrevistar um dinossauro e estar próximo dele são ideias que só são possíveis em obras de ficção ou num parque de diversões. No entanto, o Museu da Criação nos Estados Unidos apresenta como verdade a convivência de seres humanos com dinossauros. [Quando Galileu defendeu a idéia do heliocentrismo aconteceu a mesma coisa, sem analisar seus motivos, apenas por questões de "bom senso", ridicularizaram-no e acobou sendo condenado...]

O dilúvio e a Arca de Noé, com animais convivendo com dinossauros; o Planeta Terra tendo apenas seis mil anos em vez de bilhões de anos; Matusalém morrendo aos 969 anos de idade? Tudo o que contraria a geologia, a medicina e o bom senso são apresentados como fatos verídicos. [Muitas histórias da Bíblia vem sendo paulatinamente comprovadas pela arqueologia, muitas profecias bíblicas (pra quem conhece sobre o assunto) se cumpriram e podem ser estudadas na história secular, e por incrivel que possa parecer, elas já "falavam" sobre as coisas que estão acontecendo, inclusive "fala" sobre pessoas que fariam péssimo "jornalismo" como é o caso de Uchôa...]

O museu é obra de uma corrente radical protestante que acredita que a Bíblia é, literalmente, verdade. Para eles, a Bíblia não é uma coleção de ensinamentos éticos e morais, e sim uma descrição factual da criação do mundo. [Radical. Querem rotular os que acreditam na Bíblia como possíveis terroristas, coisa que a sociedade abomina...]

Darwin incomoda muito essa gente, porque dá uma explicação natural para questões que eles acreditam que só são passiveis de serem compreendidas por meio da religião. Os criacionistas têm muitos adeptos nos Estados Unidos – um país que, apesar de ser tão desenvolvido e de ter as melhores universidades, ainda trata a teoria de Darwin como controversa. [Mais uma vez o velho rótulo preconceituoso de que criacionistas são retrógrados, anticientíficos, retardados...]

São o único país do mundo desenvolvido onde, em pleno século 21, esse tema do século 19 inspira discussões que transbordaram para a política. O ex-presidente George Bush e a candidata a vice-presidente pelo Partido Republicano, Sarah Palin, apoiam o criacionismo. Eles foram derrotados nas urnas e num julgamento, quando um juiz federal considerou que seria absurdo ensinar nas escolas essa visão da evolução da vida. Ainda assim, crianças de escolas particulares que seguem essa corrente religiosa recebem aulas em que ciência e Darwin têm menos peso que Adão e Eva.

A ciência está de um lado e a palavra de Deus do outro. A discussão é colocada nos seguintes termos: como a teoria de Darwin não dá respostas para tudo, logo a explicação religiosa seria a mais correta. Os criacionistas acham que o ponto de vista deles tem o mesmo peso dos cientistas e deveria ser ensinado nas escolas. [Realmente não tem o mesmo peso. Quando a mídia entra em cena, o peso fica maior do lado o qual a mídia massacrante se posiciona... Um jornalismo vendido ao evolucionismo, que não exerce seu papel principal, o de dar vóz também à parte acusada.]

Um astrofísico admite que a maioria das pessoas que visita o museu vem para confirmar o que elas já acreditam. E quem não acredita no criacionismo é acusado de ser responsável pelos pecados do mundo. Trata-se de uma intolerância religiosa que incomoda muita gente. Um cientista diz que os Estados Unidos parecem um país esquizofrênico, que quer universidades, prêmios Nobel, tecnologia e tudo o que a ciência dá, mas ao mesmo tempo nega parte desse conhecimento. [Fazem afirmações das quais não compactuamos, chaman-nos de intolerantes e esquizofrênicos... Está bem perto da "caça aos criacionistas"...]

A maioria das pessoas consegue equilibrar ciência e religião. Fé é o que se crê, mas não se pode provar. A ciência em sua essência exige provas. O criacionismo tenta misturar as duas coisas. Algo tão impossível quanto a convivência de gente e dinossauros. [Neste caso o evolucionismo está no mesmo pé do criacionismo, pois exige fé onde teorias e pensamentos não podem ser provados de maneira científica, como é o caso da orígem do primeiro ser vivo, a orígem da informação, e até mesmo a necessidade humana (ao longo de toda a história secular) por um Criador...]

(Negritos e comentários em azul adicionados por mim - RAB)

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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Darwin 200 anos. Com os parabéns da mídia!


Acima vemos uma foto mostrando como está rolando a festinha de Darwin...

Cada um agradando como pode...

A seguir, um pouco do que já rolou:

- A National fez um "poema" e declamou a viagem de Darwin, alem de dar algumas fotos...

- A Veja não se conformou em fazer a homenagem, aproveitou para dizer a Darwin que mesmo ele sendo tão bom, ainda tinha gente que defendia a criação. Darwin forçou um sorriso, mas ficou pensativo por instantes...

- A Scientific não se contentou em ficar atrás. Deu o maior dos presentes, 67 páginas mostrando o "clip" que preparou pra Darwin e se esforçou pra expressar a tristeza que sentia por ainda existirem lugares onde é possível discutir outra forma de se pensar sobre orígens. Darwin quase parou o "clip" para dizer que ele achava que devia existir tal abertura para exposição de idéias diferentes, mas não querendo magoar a "American" aceitou o presente...

- Muitos outros presentes já foram abertos, são grandes “pacotes” de vídeos mostrando sua vida, sua família, sua hortinha e belos momentos de nostalgia em Galápagos... É muita emoção!
[RAB]

Leia também:
[O "Scientific" preconceito da "American"]
[A Darwin o que é de VEJA...]
[O que querem que você VEJA]
[A Globo e seu jornalismo preconceituoso]

Leia Mais…

O "Scientific" preconceito da "American"

“Os Criacionistas querem idéias religiosas ensinadas como fatos científicos em escolas públicas, e insistem em esconder seus objetivos, sob disfarces cada vez mais elaborados”, começa assim o espaço dedicado para malhar os criacionistas na edição de fevereiro de uma das revistas científicas mais confiáveis nas bancas brasileiras. A Scientific American Brasil dedicou um singelo tributo a Darwin, coisinha pouca pra não parecer “darwinlatria”, 67 páginas. Na onda da “modarwin”, o que não poderia passar por alto também era a “malhação” dos criacionistas, que ganhou seu espaço entre as 67 páginas com título bem carinhoso: “Manobras mais recentes do Criacionismo”.

Sem o mínimo interesse ético e provido do maior preconceito conquistado, tratam o Criacionismo como uma corrente quase guerrilheira, que usa táticas extremamente focadas em destruir a “ciência” e instalar a fé e o retrocesso intelectual. Logo no quadro da primeira página “dedicada” os editores dizem: 1-“Os criacionistas continuam a se movimentar contra o ensino da evolução em escolas públicas, adotando a tática de se ajustar às restrições encontradas pelo camiho.” 2-“As estratégias anteriores incluíam interpretar o criacionismo como uma alternativa possível à evolução e disfarçá-lo sobre o nome de “desenho inteligente”” [Com o preconceito estamos acostumados, senhores editores, mas ignorância é coisa lastimável para uma revista dita ciêntifica. Não conseguem diferenciar “Design Inteligent” de “Criacionismo”...]. 3-”Outra tática representa de forma errônea a evolução como sendo controversa cientificamente e finge que os defensores do criacionismo batalham pela liberdade acadêmica” [Fingimento é o que se faz em escolas e universidades: fecha-se as portas que levariam ao crescimento acadêmico, impede-se a discussão justa de ambas as partes e limita o aluno ao que é absorvido quase que por “osmose” sem lhe permitir o direito de escolha lógica.]. – (quadro azul, pag 82, enumeração adicionada)

A matéria segue cheia de velhos dogmas evolucionistas, como a frase: “a rejeição de uma explicação científica da história da vida.” – (pág 84), que insiste em manter o criacionismo nos âmbitos da fé, dizendo que não existem bases científicas para tal teoria. Porque a Scientific não convidou sequer um especialista no assunto para aclarar melhor a questão aos leitores? O que fizeram não passa de tocar a campainha e sair correndo.

Outra “colaboração”, ao bloqueio do debate, aparece na página 89, um quadro azul com o título:
...O que fazerCaso a controvérsia sobre o ensino da evolução surja em sua região, utilize algumas das ações a seguir: 1- “A solução da discussão depende de pensamento político, ou seja, forme coalisões. Junte-se aos educadores, cientistas, menbros da igreja e outros cidadãos que compartilhem de seus pensamentos para convencer os políticos a não obedecer as propostas criacionistas.” 2- “Lembre-se que o objetivo não é apenas manter o criacionismo fora das aulas de ciências, como também assegurar que a evolução seja ensinada de forma correta – sem rótulos como “apenas uma teoria” ou sem o incorreto “evidência contra a evolução”.” 3- “Esteja pronto a rebater as afirmações de que a evolução é uma teoria em crise; que a evolução é uma ameaça a religião, à moralidade e à sociedade; e que não passa de questão de justiça ensinar os “dois lados” da questão.” 4- “Combine com os defensores da evolução escrever cartas aos editores e editoriais; compareça a encontros de secretarias de educação ou assembéias legislativas; e trabalhe para derrubar votações no dia das eleições.” – (quadro azul, pág 89, enumeração adicionada)

Como se já não fosse escatológico o suficiente todas essas medidas para que não haja o ensino do Criacionismo nas escolas, pelo menos as da rede pública, na última página, longe de qualquer argumento científico tangível, a “Superscientific” apresenta o “futuro” sem a evolução: “Os estudantes que não tiverem a oportunidade de uma compreensão adequada da evolução não conseguirão alcançar o nível básico de conhecimento científico indispensável a trabalhadores, consumidores e aos que estabelecerão políticas em um futuro dominado por preocupações médicas, biotecnológicas e ambientais.” – (pág 89). Você é criacionista? É o fim! [RAB]

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O Vaticano na "modarwin"

Uma conferência sobre a evolução a ser realizada pelo Vaticano contará com um debate sobre o "design inteligente", mas somente como fenômeno cultural, e não como questão científica ou teológica. Os organizadores da conferência, prevista para ocorrer entre os dias 3 e 7 de março, haviam originalmente excluído os defensores do criacionismo e do "design inteligente" do evento. A conferência tem como objetivo marcar os 150 anos do lançamento de Origem das Espécies, de Charles Darwin. [Ontem], no entanto, o Vaticano informou que haverá debate sobre o "design inteligente", ideia segundo a qual a vida seria complexa demais para ter-se desenvolvido somente por meio da evolução, motivo pelo qual haveria a participação de uma força superior.

(Agência Estado)

Nota: chega a ser absurdo uma igreja que se diz cristã dobrar os joelhos a Darwin, como se fosse um baal moderno, e excluir do debate aqueles que defendem as Escriruras Sagradas, os criacionistas. Mas quando se analisa a questão do ponto de vista escatológico, no contexto da grande controvérsia entre o sábado e o domingo, tudo fica mais claro. O sábado é o memorial da Criação (Gn 2; Êx 20:8-11), símbolo do poder criador de Deus. O domingo é sinal da autoridade romana, uma vez que foi a Igreja Romana que transferiu a solenidade do sábado para o domingo (e admite isso), confundindo judaísmo com um mandamento bíblico que antecede a existência do primeiro judeu.[MB]
(www.criacionismo.com.br)

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terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

A Darwin o que é de VEJA...

”O mistério é porque tanta gente ainda reluta em aceitar que o homem é o resultado da evolução”. O Especial “Ave Darwin” de 20 páginas que Veja trouxe, começa com uma exaltação ao feito revolucionário do “patriarca” Darwin, reconhece-o como o criador da maravilhosa “máquina” que gira praticamente todos os campos de atuação da ciência [como se ciência fosse uma empresa que define o certo do errado] e apresenta logo de cara o assunto como paradoxal. Porque paradoxal? Bem, o susto todo está no fato de que apesar de muito culto Darwinista pela “boa mídia” e muita defesa acalorada (darwinlátrica) por parte de alguns cientistas que se autodenominam “ciência”, repare, “Ainda assim, só um em cada dois americanos acredita que o homem possa ser produto de milhões de anos” (...). “Mesmo na Inglaterra, país natal de Darwin, o fato de ele ser festejado como um herói nacional não impede que um em cada quatro ingleses duvide de suas idéias ou as veja como pura enganação” - (Veja, 11 de fevereiro, pág 73). Surge então a questão: “...como explicar a persistente má vontade para com suas teorias em países campeões na produção científica?”- (Veja, pág 73, negrito adicionado). Minha proposta de resposta é: Porque o criacionismo pode ser estudado como ciência da mesma forma que o evolucionismo pode ser estudado como fé filosófica.

Veja dá um show de exemplos que ilustram a “Atualidade da evolução”! ”Espia só”: “DESTAQUE NO GOOGLE – Um mecanismo automático de seleção do serviço de buscas coloca para cima os sites mais procurados” [Ah! Então isso que a seleção natural! Agora entendi!], ou ainda, “O SUCESSO DA FAMÍLIA – Antepassados humanos mais dispostos à vida em família tiveram vantagem competitiva sobre os grupos menos gregários. A união familiar evoluiu para o clã e para a cidade-estado, a primeira manifestação da vida civilizada” [“Não é bom que o homem viva só”, isso eu já sabia... Mas, e aquele negócio de sobrevivência da carga genética? Formar família deveria ser coisa de “espécimes” muito “fracos”, pois a regra era “espalhar” os “gênes”...]

No quadro “O darwinismo explica por que...” encontramos outras velhas “figurinhas” que os evolucionistas teimam em trocar na praça, como por exemplo a história de que o cóccix “...é um indício de que os ancestrais humanos tinham rabo”. O que eles não falam é que o cóccix é um importante apoio para vários músculos do quadril, incluindo os “glúteos maximus”, sem ele o ato de se sentar poderia ser um ritual muito desconfortável. Ou ainda a afirmação de que o apêndice “...indica que algum ancestral nosso era herbívoro”, e para o homem não passa de abrigo de inflamações. O que eles não falam é que até certa idade, este órgão é de grande importância linfática, reforçando imunologicamente a região.

A matéria segue por ilustradíssimas páginas que alteram a surpresa, pelos muitos (excessivos...) criacionistas, a crítica sem base sobre o que pensam os criacionistas e a sempre ativa arte de separar o “joio criacionista” do “trigo evolucionista” através da imposição do pensamento de que “Sabemos que o criacionismo é uma teoria de fé e que o evolucionismo é ciência. Não podemos contrastá-los em sala de aula” - (Dilnei Lorenzi, secretário executivo da Associação Nacional de Educação Católica - Veja, pág 85) “Manda o bom senso que não se misturem ciência e religião” - (Veja, pág 78, negrito adicionado). Quer dizer que falar dos dois lados é falta de bom senso!

Veja ainda separou um “momentinho criacionista” para falar mal das instituições de ensino que optam por dar ao aluno a possibilidade de escolher entre as duas teorias, “A triste novidade é que, na maioria das escolas mantidas por confissões evangélicas, o criacionismo passou a ser ensinado também nas aulas de ciências e de biologia, dividindo espaço com o evolucionismo de Charles Darwin.” – (Veja, pág 84, negrito adicionado). “Ensinar Adão e Eva nas aulas de ciência é treva” – (Veja, subtítulo, pág 88, negrito adicionado). “...é inevitável a sensação de retrocesso quando se vê a multiplicação das tentativas de ensinar Adão e Eva nas aulas de ciências das escolas brasileiras.” – (Veja, pág 91, negrito adicionado).

Mostrando todo seu desconhecimento sobre design inteligente e criacionismo, Veja se apresenta como sempre vendida e em mãos parciais, não dando abertura para o outro lado da moeda. Dizendo-se notícia, prega-se evolução. Se o negócio era preparar a festa de Darwin, o presente está embrulhado! Parabéns Darwin! [RAB]

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domingo, 8 de fevereiro de 2009

O que querem que você VEJA

Acompanhando as celebrações da “modarwin”, “darwinlatria” e “darwinhices” desse ano comemorativo... A Veja vem aproveitando os espaços que sobram no meio das mais de 30 páginas de propaganda para exercer seu papel social de “imparcialidade extrema” [leia minha ironia]. Basta ler as selecionadas e medíocres cartas comentando a matéria “Petryficada” [ver mais sobre a matéria de André Petry]da Veja da semana passada que foram publicadas na sessão “Leitor” dessa semana para ver de que lado nossa “boa mídia” “Oftalmológica” está. A seguir, duas cartas publicadas:

“André Petry, no artigo “Lembra-te de Darwin” (4 de fevereiro), tem toda razão quando diz que é um absurdo ensinar criacionismo nas aulas de ciências. Aos que acreditam no criacionismo, eu perguntaria: afinal, qual o homem que Deus criou, o Australopithecus, o Pithecanthropus erectus, o homem de Neandertal ou o Cro-Magnon (Homo sapiens sapiens)?” (José Rubens do Amaral – Valinhos, SP)

“O artigo do senhor Petry, com sua forte reação ao ensino do criacionismo em aulas de biologia, pode ser entendido dentro do contexto de uma sociedade que elevou a ciência exata ao pedestal da verdade inquestionável. Embora não aceite o criacionismo cientifico na sua forma simplista [forma simplista é culpar o acaso como responsável por estruturas tão complexas como o DNA, 3,1 bilhões de bases formando um código que controla praticamente todas as funções celulares], entendo que os que assim o defendem agem de forma a proteger os seus filhos (não necessariamente contra a influência da ciência moderna) das implicações filosóficas, psicológicas e religiosas do ensino do naturalismo evolucionário, o qual afirma categoricamente que nosso cérebro se desenvolveu apenas por processos naturais.” (Paulo F. Ribeiro – Grand Rapids, Michigan, EUA)

Na primeira carta, o que vemos é uma rala “puxação de saco pétryco” acompanhada por uma pergunta que não seria feita por quem conhece um pouco sequer sobre a teoria criacionista, pois o criacionismo aceita abertamente que houve micro modificações nas espécies criadas a princípio por Deus de forma perfeita, conquanto que ao longo dos tempos os seres sofreram infindas intervenções do pecado sobre sua carga genética e estrutural primária. Ainda sobre esses vários “ancestrais” citados na primeira carta, a quantidade pequena de material fóssil (muitas vezes não passando de pedaços de crânio ou dentes) não oferece a possibilidade de um veredicto conclusivo que não deixe dúvidas sobre uma possível deficiência física presente nesses “antepassados”.

Soando a princípio como uma abertura para a visão criacionista se expressar diante do artigo “petryficado”, a segunda carta não faz mais que colaborar com a solidificação da mentalidade de que evolucionismo é ciência exata e criacionismo é fé religiosa. Longe de ser uma mera desculpa paternalista para não ter filhos rebeldes e socialmente deprimidos, o criacionismo é uma teoria que presa pela ciência empírica da mesma forma como o evolucionismo necessita de especulações filosóficas (muitas por sinal) para ser considerada plausível. Infelizmente, nesse ano de “modarwin”, muitos se esquecem da real importância do naturalista inglês para o evolucionismo, a “filosofia” da seleção natural.

Ainda nesta semana, Veja reservou aproximadamente 20 páginas para falar de Darwin. Alem de fazer questão de colocar o debate sobre origens como um confronto “UMA GUERRA DE 150 ANOS”, para não perder a deixa de Petry, inicia outra matéria com uma alusão do texto bíblico, “A DARWIN O QUE É DE DARWIN...”. Veja sabe bem como causar polêmica... [RAB]

PS: Em breve mais comentários sobre as citadas 20 páginas de Veja...

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segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Aqui Darwin tem vez!


Você que está atento à “boa mídia” já deve ter se tocado que esse é o “Ano de Darwin”! Interessante é que também é o “Ano Internacional da Astronomia”, como se a astronomia tivesse surgido sozinha... A verdade é que há quatrocentos anos alguém chamado Galileu Galilei deu o pontapé inicial nas observações astronômicas, que hoje são de fundamental importância em vários ramos da ciência. Outra coisinha legal que Galileu também teve tempo de desenvolver enquanto fazia umas observaçõezinhas aqui e ali foi lançar a base de um tal de “Método Científico”, coisa que não deve ter muita importância porque o ano não é de Galileu... Na verdade muita gente nem lembra dele quando fala em ciência, e se lembra é pra falar um monte de besteiras do tipo: “Galileu desmentiu a Bíblia”, quando o que ele desmentiu foi o modo “Clássico” (Greco-romano) pagão de se entender o mundo, diga-se de passagem que fora absorvido pela Igreja Católica como jeito fácil de conciliar culturas e se manter no poder. Longe de ser um "herege" bíblico, Galileu soube aproveitar muito bem os conhecimentos bíblicos, e se surpreendia com toda a perfeição e intencionalidade que observava na criação. "A ciência humana de maneira nenhuma nega a existência de Deus. Quando considero quantas e quão maravilhosas coisas o homem compreende, pesquisa e consegue realizar, então reconheço claramente que o espírito humano é obra de Deus, e a mais notável." "A matemática é o alfabeto com o qual Deus escreveu o universo."(Galileu Galilei)

Mas já que o ano é de Darwin mesmo, voltemos a falar dele. É isso aí, ele está “super pop” ultimamente, e com um pouquinho de “bom humor” e tecnologia você pode até se ver como um homem das cavernas!

A “GloboNews” lançou o portal Especial Darwin 200 anos com uma série pra falar tudo do cara! (Será mesmo?). [Acima, fotos do “divertido” portal]

Uma coisa é certa, se é científico ou não, não importa. O importante é chamar atenção e colocar Darwin em evidência! Afinal, para essas pessoas, ele matou Deus, sendo assim, eles devem precisar muito de algo para idolatrar. Ave Darwin! (“Ave” é uma palavra hebraica que significa “salve”). [RAB]

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terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Uma aula da "ciência" evolucionista


Ps: Obrigado Hugo, do blog "ciênciadacriação" (link na barra lateral) pela divertida e interessante postagem.

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domingo, 25 de janeiro de 2009

Darwin e os ateus fundamentalistas

Neste ano Darwin terá multiplas faces! Ele será o bem e o mal encarnado pelas palavras cuidadosas de muitos escritores, críticos, curiosos, admiradores, etc...
Leitor, espero que em meio a tanta informação você não se confunda e acabe por fundir e confundir tudo...
Bem, achei interessante algumas colocações circunstanciais sobre a vida de Darwin feitas pelo colunista do G1, Reinaldo José Lopes. Apesar de sua visão um tanto preconceituosa para com os que professam (por critérios lógicos e racionais) o criacionismo da forma científica como a bíblia coloca (1). Deixemos de lado também a velha máxima de que a evolução é ciência e criação é fé... (2). No mais, aproveite a leitura para conhecer algumas citações e curiosidades da vida de Darwin (um homem normal). (RAB)
Segue o texto abaixo:
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[Visões da vida] - Reinaldo José Lopes.

O ano dedicado à memória de Charles Darwin já começou, e podemos esperar uma avalanche de celebrações, com seus epicentros em 12 de fevereiro (aniversário de 200 anos do nascimento do naturalista) e 24 de novembro (os 150 anos da publicação de A Origem das Espécies). Gostaria de dar minha primeira contribuição às homenagens (e espero fazer outras ao longo do caminho) louvando um aspecto da vida de Darwin que se recusa a caber na caixinha ideológica onde muita gente quer enfiá-lo. A chamada hagiografia – a mania de narrar a vida dos grandes homens como se eles fossem santos – é sempre perigosa, mas eu diria que, ao menos nesse aspecto, o naturalista deixou um exemplo a ser imitado, e os que querem utilizar sua obra para propósitos muito distantes dos dele fariam bem em prestar atenção nisso. Para ser mais específico, neste parágrafo da sexta edição de A Origem das Espécies (a tradução é minha):

“Não vejo nenhuma boa razão para que as opiniões expostas neste volume choquem os sentimentos religiosos de qualquer pessoa. É satisfatório, para mostrar como essas impressões são transitórias, lembrar que a maior descoberta já feita pelo homem, ou seja, a lei da atração pela gravidade, também foi atacada por Leibniz como ‘subversiva em relação à religião natural e, conseqüentemente, em relação à religião revelada’. Um famoso escritor e teólogo escreveu-me dizendo que ele gradualmente aprendeu a ver que é uma concepção tão nobre da Divindade acreditar que Ele criou algumas poucas formas originais capazes de autodesenvolvimento em outras quanto acreditar que Ele precisou de um novo ato de criação para suplementar as lacunas causadas pela ação de Suas leis.”

Acho que você percebeu aonde quero chegar. Estou me referindo ao velho mito (tenho vontade de revirar os olhos até eles caírem das órbitas quando alguém o menciona) de “Darwin, o homem que matou Deus”. Provavelmente a única concordância ideológica entre ateus fundamentalistas, que exigem o fim da religião no mundo, e cristãos fundamentalistas, que acham que o Universo foi criado em seis dias (1), gira em torno desse mito: Darwin provou (ou tentou provar) que Deus não existe, que a vida e o Universo são indiscutivelmente o resultado do acaso cego, e nenhum crente honesto e minimamente racional é capaz de preservar sua fé e ao mesmo tempo aceitar a verdade científica (2) da evolução via seleção natural.

Vamos deixar de lado as questões levantadas por esse tipo de “concordância” entre inimigos. (De minha parte, tendo a achar que qualquer tipo de “consenso” desse tipo significa, no fundo, que ele é vazio de conteúdo real; as pessoas só estão concordando a respeito do seu ódio mútuo.) Meu ponto aqui é outro: a conclusão existencial que Darwin tirava das próprias descobertas era consideravelmente diferente da “bomba anti-Deus” que os arautos do neoateísmo querem que elas sejam. Acima de tudo, Darwin era um homem muito mais humilde e compassivo do que os seus autoproclamados apóstolos. Foi alguém que perdeu a fé? Sim, mas aparentemente mais por motivos pessoais do que por supostas implicações de suas descobertas como naturalistas. Acima de tudo, era alguém aberto ao diálogo, coisa que certamente irritaria qualquer das cepas de fundamentalistas.

Todo mundo sabe que, ao longo de sua viagem no navio Beagle, na qual recolheu informações cruciais sobre a história natural de animais e plantas no mundo todo, Darwin diferia pouco de um anglicano tradicional do século XIX, citando inclusive a Bíblia como fonte infalível de autoridade moral. No entanto, a tradição familiar de Darwin era a do livre-pensamento. Muitos de seus parentes eram unitaristas (cristãos que não aceitam a Santíssima Trindade), e seu avô Erasmus chegou a duvidar abertamente da existência de Deus. Os dados logo deixaram claro para Charles que a vida tinha evoluído ao longo de um período incrivelmente comprido de tempo, o que o fez seguir a tradição questionadora da família e duvidar da autoridade absoluta da Bíblia sobre assuntos factuais.

Mesmo assim, durante dez anos após seu casamento em 1839 com Emma (única esposa do naturalista e grande amor de sua vida), Darwin continuou a frequentar a igreja todos os domingos. É importante lembrar que, nesse período, a essência do que seria publicado como A Origem das Espécies já estava formulada, inclusive por escrito, nas anotações do cientista. Foi então que a tragédia e a dúvida se misturaram para afastá-lo da fé de vez.

Duas mortes
Primeiro foi a vez de Robert Darwin, pai do naturalista, que morreu 1848. Robert sempre fora um não-crente, mas era obviamente amado de todo coração por seu filho. Para Charles, a doutrina de que todos os não-crentes iam para o Inferno parecia demais: será que apenas por isso seu amado pai seria punido por toda a eternidade? “Não consigo imaginar porque alguém iria querer que tal coisa fosse verdade. Essa é uma doutrina deplorável”, escreveu ele em sua autobiografia. (É preciso lembrar que há correntes divergentes no Novo Testamento e na tradição cristã sobre esse ponto; muitas religiões não usam mais isso como artigo de fé, inclusive o catolicismo.)

O golpe final foi a morte demorada e sofrida da pequena Annie, filha de Charles e Emma que faleceu aos dez anos de idade, depois de uma série de infecções. “Perdemos a alegria desta casa, e o consolo da nossa velhice”, escreveu ele, chamando Annie de “anjinho”. Foi só então que Darwin se tornou de vez o que seria para o resto de seus dias: um agnóstico declarado, alguém que não conseguia mais aceitar com fé a existência de Deus, mas que também proclamava a incapacidade da razão humana de lidar com questões tão profundas.

E o que ele fez depois disso? Jogou coquetéis Molotov na catedral de Canterbury? Fundou a Aliança Ateísta Unida? Pois Darwin preferiu apoiar financeiramente a paróquia anglicana onde vivia – mesmo sem ir mais à igreja. Emma, sempre religiosa, discordava profundamente do marido, mas aceitava a sua busca pela verdade, custasse o que custasse. Quando ainda eram jovens e Charles começou a ter crises de fé, ela escreveu pedindo “que ele não esquecesse o que Jesus tinha feito por ele”. No fim da velhice, no rodapé daquela carta, Darwin escreveu: “Quando eu morrer, saiba que muitas vezes beijei esta carta e chorei sobre ela”.

O naturalista se tornou muito próximo do botânico americano Asa Gray, um evangélico fervoroso que, ao mesmo tempo, foi o maior propagador das idéias de Darwin nos Estados Unidos. Darwin dividiu suas angústias religiosas e existenciais com Gray e explicou sua posição de agnóstico.

“Em relação ao lado teológico da questão: isso sempre me é doloroso. Estou confuso. Não tive a intenção de escrever de forma ateísta, mas devo dizer que não consigo ver de forma tão clara quanto outros veem, e como eu gostaria de ver, as evidências de desígnio e beneficência em torno de nós. A mim parece haver muita desgraça no mundo. Não consigo me persuadir que um Deus beneficente e onipotente teria criado as Ichneumonidade [um tipo de vespa] com a intenção expressa de elas se alimentarem com os corpos vivos de lagartas, ou por que um gato deveria brincar com os camundongos… Por outro lado, não consigo me contentar de forma nenhuma em ver este maravilhoso Universo, e especialmente a natureza do homem, e concluir que tudo é o resultado de força bruta. Estou inclinado a enxergar todas as coisas como resultado de leis projetadas, com os detalhes, sejam eles bons ou maus, deixados à mercê do que podemos chamar de acaso. Não que isso me satisfaça de alguma forma. Sinto de forma muito forte que todo esse assunto é profundo demais para o intelecto humano. É como um cão tentando especular sobre a mente de Newton.”

Ele completou o raciocínio em sua autobiografia, falando “da extrema dificuldade, ou mesmo impossibilidade, de conceber este imenso e maravilhoso Universo, incluindo o homem e sua capacidade de olhar para as profundezas do passado e do futuro, como o resultado de acaso ou necessidade cegos. Ao assim refletir, sinto-me forçado a imaginar uma Primeira Causa com uma mente inteligente, em algum grau análoga à do homem; e mereço ser chamado de teísta”. Vemos aqui uma oscilação entre o agnosticismo e alguma forma muito vaga de teísmo.

Resumo da ópera
O que importa não é tanto o conteúdo das ideias de Darwin sobre o tema. Também não creio que elas sejam só o resultado do contexto histórico em que o naturalista viveu: havia ateus tão radicais e barulhentos quanto Richard Dawkins ou Christopher Hitchens no século XIX. Dizer que Darwin não se juntou a eles simplesmente por (desculpem a palavra) cagaço é não levar em conta o alto nível de coragem e integridade que ele demonstrou durante toda a vida.

Tampouco se trata aqui de usar argumento de autoridade. O raciocínio “Darwin não era ateu, então você, darwinista, não deve ser” é patentemente absurdo. Tente enxergar a questão não pelo ângulo de um polemista, mas pelo de um pai que perdeu a filha que mais amava sem motivo aparente. A palavra-chave é “compaixão” – que, para quem não sabe, significa “sofrer junto”. Darwin tinha consciência profunda do sofrimento e das limitações humanas e sabia que sua dificuldade de achar consolo não era motivo para declarar, a priori, o consolo dos outros algo injustificável. Enquanto os ateus militantes continuarem a demonizar toda e qualquer manifestação religiosa, eles estarão deixando essa lição crucial de lado e apenas repetindo o que há de mais lamentável na própria religião. [G1]
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Comentário: Deixando um pouco de lado a visão de que Darwin é o "grande mau" que apagou Deus, coisa que nem querendo ser ele conseguiria, e ignorando também todas as fragilidades e inconsistencias de sua teoria, que foi formulada sob obscuridade de conhecimetos essenciais como o da genética (que ainda estava sendo "descoberta" por Mendel), o foco de Reinaldo é bastante coerente quando diz respeito aos ateus fundamentalistas... Hoje, por incrivel que pareça, não soa mais como paradoxo essa expressão: "fundamentalista" acoplada a "ateu". Infelizmente muitos desses chegam a níveis intrigantes de desconhecimeto e defesa da causa. Banners dizendo que Deus não existe... Seria uma forma de tentar se convencer? Deve ser um drama só. (RAB)

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