quarta-feira, 12 de março de 2008

A Mídia "Imparcial" dos Títulos

Hoje dei uma passadinha no jornal Folhaonline e vi um artigo muito chamativo, algo que parecia ser realmente justo e que saberia desde o título balancear a opinião. Me enganei, mas além do engano, me impressionei com a "categoria" da promessa feita. Confira:

Entenda as teorias sobre a origem e a evolução do homem

da Folha Online

O livro "Evolução", da "Série Mais Ciência", da Publifolha, discute a evolução dos seres humanos a partir de visões diferentes.

O volume também explica as primeiras habilidades do ser humano como o uso de ferramentas e a arte nas cavernas, além de traçar uma comparação entre o homem moderno e seus ancestrais.

A família hominídea:
Os hominídeos surgiram quando nossos ancestrais finalmente se separaram dos macacos, divisão evolutiva datada atualmente entre 6 e 8 milhões de anos atrás. Um grande número de fósseis deixa claro que os hominídeos surgiram na África e depois se espalharam para outras partes do mundo. Os primeiros membros da família - pertencentes ao gênero Ardipithecus - tinham muitas características semelhantes às dos macacos, mas os australopitecinos, que os seguiram, tinham a postura ereta, assim como o cérebro ligeiramente maior. O Homo habilis, que surgiu cerca de 2,4 milhões de anos atrás, marcou o início da linhagem que levaria diretamente a nós. Foi o primeiro capaz de fazer ferramentas de que se tem notícia, e provavelmente o último de nossos ancestrais a viver exclusivamente na África.

Em contrapartida, seu sucessor, o Homo erectus, se espalhou pela Europa e também pela Ásia. Tendo surgido há aproximadamente 2 milhões de anos, essa espécie era muito mais hábil na construção de ferramentas, e cinzas encontradas em sítios de fósseis indicam que também fez uso do fogo. Ainda existem dúvidas sobre a nossa evolução. E, para complicar um pouco mais, estudos recentes levam a crer na coexistência, durante pelo menos meio milhão de anos, entre H. habilis e H. erectus.

...

Comentário: "Seria desnecessário comentar essa matéria da "Folha", um jornal imparcial e com um manual imenso sobre imunidade ideológica do jornalista, mas resolvi apenas fazer algumas ressalvas sobre uma informação que consta no artigo e no próprio livro, da "Série Mais Ciência" (que paradoxo), que há muito foi reconsiderada pelos pesquisadores. O fato é, Homo habilis há muito é considerado Autralophitecus habilis, você deve estar se perguntando: e dai? E daí que o prefixo Homo resigna o gênero ao qual pertence o ser humano, e o sufixo phitecus (sendo que Australo apenas resigna a localidade) refere-se ao gênero dos simeos (macacos). Considerando esse pequeno detalhe, a atualizadíssima "Série Mais Ciência", quem diria... Está totalmente desatualizada e mais, baseando um problema ideologico que nao teria possibilidade de existir, pois se os gêneros sao diferentes, que diria espécie!" "Interessante ainda é que o "numero grande de fósseis" é tão "grande" que caberia tranquilamente em apenas 1 (um) caixão funerário comum. O fato é que dos 30 bilhoes de seres de transição de uma espécie para a outra (segundo o Dr. Dráusio Varella), apenas 28 foram encontrados, sendo que mais da metade é de origem fraudulenta e duvidosa e a outra parte poderia muito bem ter vindo de seres com algum tipo de doença debilitante."

PS: Logo postarei um artigo sobre como a mídia apresenta, seleciona e direciona o assunto das origens.

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