A defesa do fóssil ameaçado, na verdade, foi subproduto de um estudo que os cientistas publicaram domingo [4] no site da revista científica "Nature". O trabalho, liderado pelo bioantropólogo argentino Rolando González-José, do Centro Nacional Patagônico, introduz um (3) novo método para estimar o parentesco evolutivo entre diferentes espécies de hominídeos.
Usando técnicas matemáticas novas, os cientistas conseguiram criar um sistema único de análise que deu conta de estimar de modo coerente o parentesco entre diversos (4) "avós", "tios" e "primos" do Homo sapiens. Conhecer a relação entre eles é fazer a "cladística", no jargão da biologia.
O que González-José e colegas criaram foi uma maneira de analisar os crânios que levasse em conta (5) forma gradual com que suas características mudam entre diferentes fósseis ao longo dos séculos.
"A análise cladística trabalha com o que se chama "estado de caráter", ou seja, a presença ou ausência de características", explica o bioantropólogo Walter Neves, da USP, co-autor do estudo. "Algumas dessas coisas ocorrem nessa forma de "ausência ou presença", mas na maior parte das vezes os cladistas costumam discretizar [criar divisões de] coisas que na verdade são contínuas."
Além de ajudar a interpretar os resultados que saíram do novo método, o papel de Neves no trabalho foi o de consolidar o banco de dados de medidas cranianas sobre o qual os argentinos trabalharam. (6) Tudo foi feito com base em uma coleção de dezenas de réplicas de crânios de hominídeos que o Instituto de Biociências da USP mantém.
Um dos méritos dos cientistas foi (7) saber escolher quais características eram relevantes para análise. Segundo Neves, (8) incluir detalhes muito específicos no trabalho poderia atrapalhar as conclusões, ao invés de ajudar, porque é natural que o crânio de dois indivíduos tenha algumas diferenças, mesmo quando são mesma espécie.
O que González-José fez, ao final, foi incluir no estudo a análise de apenas quatro aspectos que variam entre os fósseis, como a forma do aparelho de mastigação ou a medida da curvatura da base do crânio. (9) A opção pela simplicidade deu a robustez necessária ao método.
Quando o trabalho indicou a proximidade do Homo habilis com os humanos, Neves diz ter se surpreendido, pois apesar de esse hominídeo ser suficientemente inteligente para usar ferramentas, (10) muitas de suas formas lembravam mais as de um grande macaco...
[RAFAEL GARCIAda Folha de S.Paulo]
Comentário: "Mais uma vez nossos amigos lançam dúvidas no ar... E agora!? o que fazer!?... Uma das melhores formas que encontrei para comentar essa matéria publicada na Folha, novamente, foi enumerar pontos. Vamos néssa!!!"
(1)- O "Australophitecus habilis" a muito tempo é considerado "macaco", o termo rebaixamento, entretanto, soa como algo negativo. Veja como é explorada a notícia no título: "Grupo de cientistas salva hominídeo de "rebaixamento"", percebe-se uma clara tendência em aproximar sentimentalmente o fossil do leitor... SALVA... REBAIXAMENTO... Então, apenas lendo o título você é induzido a pensar que a "ciência" provou por a + b que a bicho é homem. Repare o que ocorre no primeiro parágrafo. Agora o bicho PODE ser salvo do "rebaixamento", ou seja, continua sendo um Australophitecus...
(2)- Apelou heim! Sem comentários...
(3)- O cientista nunca dirá que não sabe... (ouvi isso de um grande pesquisador) sempre existirá uma nova forma de se chegar aos resultados "esperados", o que infelizmente não é garantia de que são corretos; pelo contrario... "Os fins justificam os meios", quando se tem convicção do resultado esperado, não importa como, sempre tem um jeito de se chegar a ele...
(4)- Reunião de família! É o que parece... (e olha que nem tem como verificar o DNA porque eles não têm)
(5)- Quer dizer que o estudo foi baseado unica e exclusivamente em uma teoria, o evolucionismo, dessa forma não se poderia esperar resultados que contrariassem tal "teoria". É o clássico tipo de "ciência" que de científico só encontramos os materiais...
(6)- O estudo foi realizado todinho com RÉPLICAS e apenas de crânios... aliás, pouquíssimo ou quase nada se tem em material fóssil de corpos de "primatas"...
(7)- Essa é a forma certa de se chegar onde quer.
(8)- Você já reparou quanto detalhe uma simples célula possui!? Já reparou o quão preciso é a densidade dos elementos químicos e suas funções na natureza!? Já reparou em todas as Leis que regem o mundo natural!? É muito detalhe! E sem dúvida cada detalhe é importante para a vida. Mas nesse caso em particular os detalhes poderiam atrapalhar... Porque será?... (Acredito em um Criador muito detalhista!)
(9)- Ou deu o resultado esperado ao método...
(10)- Lembravam!? Quer dizer que se antes um avião lembrava uma ave, agora lembra um urso, só porque o urso é robusto como um Boeing... (que viagem...)
Ps: "A foto é meramente ilustrativa".
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