A Scientific American Brasil, uma das revistas científicas mais dedicadas (...) a meu ver, trouxe na edição de Janeiro de 2009 (Ano 07, N° 80) algumas pérolas para nossas imbuídas análises sobre o que é científico ou expressão clara de embromation evolucionista. Pela falta de tempo (paciência), coloco abaixo duas delas e um comentário sobre a edição de fevereiro de 2009 (vem aí...).
Para começar, na sessão de cartas do leitor, o geógrafo, professor e pesquisador em meio ambiente, Anderson Chagas de Oliveira – RJ, expõe as seguintes dúvidas sobre a origem do Universo: “Se o Universo aumenta e diminui, o que há na fronteira do Universo e além dele? Sobre o que ocorre a expansão? É lógico e racional pensar que houve uma primeira explosão – o Big Bang. Pois bem, de onde se originou a matéria dessa primeira explosão?”. Apresentando as mais superscientifics respostas para nosso geógrafo, a “nota da redação” diz o seguinte: “Nem faz sentido falar em matéria da primeira explosão.” Interessante notar a preferência por abstrair as atenções de questões para as quais a “ciência humana” não afere respostas dignas.
Continuando minha produtiva leitura, na pág 10, pude apreciar uma das raras declarações “liberais” dos amigos da Teoria da Evolução... Não foi surpresa descobrir que tal declaração está envolta numa das confusões judiciais envolvendo “origens” mais alardeadas do século XX. O fato foi o seguinte: “Em 1925, John Thomas Scopes violou as leis do estado do Tennesse ao ensinar Evolução aos alunos do curso médio.” Fay-Cooper Cole (autor do artigo) trabalhava como antropólogo em Chicago e recebeu um telefonema que dizia o seguinte: “Aqui fala Clarence Darrow, suponho que vocês tenham lido os jornais e, portanto, sabem que Bryan e sua equipe estão processando o jovem Scopes. Bem, Malone, Colby e eu nos metemos numa encrenca ao oferecer defesa. Não sabemos muito sobre evolução. Não sabemos quem chamar para testemunhar. Mas sabemos que estamos lutando pela defesa da liberdade acadêmica (Itálico acrescentado por mim). Precisamos da ajuda de vocês, alunos da universidade, por isso estamos pedindo que três voluntários venham ao meu escritório para elaborar um plano”.Infelizmente esse bom senso para com a liberdade acadêmica, ou seja, a liberdade de produzir e escolher idéias de forma racional ficou limitado a essas raras declarações na história. Como exemplo do que estou falando, o evolucionista Tony Bellotto escreveu na “Veja”: “Ascendam as luzes da razão! Não deixem que a Idade das Trevas volte a eclipsar a sabedoria humana! Notícias dão conta de que o criacionismo – doutrinação religiosa disfarçada de pseudociência – cresce entre as escolas brasileiras. E não apenas no ensino religioso, em que faria algum sentido, mas nas aulas de ciência”. Fico procurando a “liberdade acadêmica” nas palavras de Belloto, que por seu transparente preconceito, ignora a lógica de que se está crescendo o número de defensores do criacionismo, talvez essa teoria faça mais sentido do que a outra.
Como prometido no início, tratando-se da edição de fevereiro, como diz o ditado: “Mais vale uma imagem do que mil palavras”, decidi colocar aqui uma foto da divulgação de tal edição. Desta vez me reservo no direito de apenas mostrar... As conclusões são por vossa conta, leitor. [RAB]
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